Um especialista britânico afirmou que crimes como os cometidos por Anders Breivik ilustram a incompreensão do público sobre doenças mentais.
O professor e psiquiatra Simon Wessely, do King's College de Londres, disse que a resposta imediata a assassinatos em massa é de que o acusado pelos crimes "deve ser louco".
Mas, de acordo com o especialista, a forma que Breivik conduziu os assassinatos sugere o contrário.
Wessely também afirmou que a ideia de que o diagnóstico psiquiátrico poderia ajudar pessoas a evitarem punição é errada.
Escrevendo para a revista especializada Lancet, o professor disse que usar a doença mental como estratégia de defesa na Grã Bretanha poderia levar a pessoas (o réu) a ficar mais tempo na prisão.
"A psiquiatria forense não é uma opção branda ou popular", afirmou.
'Forma meticulosa'
O psiquiatra também disse que o caso Breivik revela outra incompreensão, a de que crimes chocantes significam doença mental.
"Se esquizofrenia explica as ações de Breivik, estas ações teriam que ser o resultado de alucinações".
"A forma meticulosa pela qual ele planejou seus ataques não tem a ver com a desorganização da esquizofrenia", acrescentou o especialista.
Breivik está sendo julgado na Noruega.
O homem, de 33 anos, admite ter assassinado 77 pessoas em Oslo e na ilha de Utoya em julho passado, mas nega responsabilidade criminal.
Dois relatórios sobre a saúde mental de Breivik têm visões opostas sobre a sanidade do réu.
A corte determinará se ele deve ser mandado para a cadeia ou para tratamento psiquiátrico. Breivik afirma que não é insano e que deveria ser condenado à morte ou absolvido.
BBC Brasil
Fonte: Estadão.com.br
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Uma instituição promoveu no domingo (22) um evento de caridade em Houston, no Texas, em que mil borboletas foram soltas, para promover a conscientização e a pesquisa sobre a síndrome de Down.
A condição afeta um em cada 733 bebês nascidos nos Estados Unidos.
Cada borboleta foi "vendida" por US$ 21 para interessados em patrocinar o evento e gerar fundos para pesquisas na área. O valor faz referência à trissomia 21, distúrbio responsável pela grande maioria dos casos de Down.
Do G1, com AP
Estudo concluiu que exercício tem efeito similar ao de outras formas de atividade contra o problema
Uma simples caminhada rápida nos arredores de casa pode ter um papel importante no combate à depressão, segundo pesquisadores de uma universidade na Escócia. Estudos anteriores já haviam demonstrado que exercícios vigorosos aliviam os sintomas da depressão, mas o efeito de atividades menos árduas ainda não foi analisado em profundidade.
O novo estudo publicado na revista científica Mental Health and Physical Activity afirma que "caminhar é uma forma de intervenção efetiva contra a depressão" e tem resultados similares aos de formas mais vigorosas de exercício. O estudo da Universidade de Stirling analisou dados de oito pesquisas com um total de 341 pacientes.
"A caminhada tem a vantagem de poder ser praticada pela maioria das pessoas, de implicar pouco ou nenhum custo, e de ser relativamente fácil de incorporar à rotina diária", dizem os autores.
Os pesquisadores admitem, no entanto, que mais pesquisas precisam ser feitas sobre o assunto. Ainda há questões sobre a duração, a velocidade e o local onde a caminhada deve ser realizada.
Ar livre
Uma em cada dez pessoas enfrenta depressão em algum momento da vida. Apesar de o problema poder ser tratado com medicamentos, a prática de exercícios é muitas vezes prescrita por médicos como tratamento contra formas mais brandas da doença.
Adrian Taylor, que estuda os efeitos dos exercícios contra a depressão, os vícios e o estresse, na Universidade de Exeter, disse à BBC que o ponto positivo da caminhada é que todo mundo já faz isso no dia-a-dia. "Há benefícios contra problemas de saúde mental como a depressão", afirmou ele.
Ainda não se sabe exatamente como os exercícios ajudam no combate à depressão. Taylor diz que eles podem funcionar como uma distração dos problemas, dando uma sensação de controle e liberando hormônios do "bom-humor".
A ONG de saúde mental Mind diz que suas próprias pesquisas indicam que só o fato de passar tempo ao ar livre já ajuda pessoas com depressão. "Para aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre, é importante encontrar um tipo de exercício que você goste e que possa fazer regularmente. Tente coisas diferentes, como caminhar, andar de bicicleta, fazer jardinagem ou até nadar na natureza", aconselha Paul Farmer, presidente da ONG.
"Fazer exercícios junto a outras pessoas pode ter um impacto ainda maior, já que oferece uma oportunidade de reforçar laços sociais, conversar com outras pessoas sobre seus problemas ou simplesmente rir e aproveitar o tempo longe da família e do trabalho. Então, peça a um amigo para se juntar a você."
Fonte: Estadão.com.br