Depois de muitas discussões, reuniões e polêmicas, a Prefeitura do Recife finalmente decidiu se pronunciar sobre a construção de um shopping center na área onde funcionam os Hospitais Ulysses Pernambucano e Helena Moura, na Tamarineira. Ontem, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, João Alberto Carvalho disse, em nota, esperar que o executivo observe as necessidades da saúde pública pernambucana. Em especial na área de saúde mental.
Carvalho lembrou que a demanda do Ulysses Pernambucano aumentou muito, depois que a unidade virou salvaguarda de dependentes químicos por falta de leitos na rede de atenção psicossocial. Desde que a Santa Casa de Misericórdia anunciou o aluguel do terreno à empresa carioca Realesis por 50 anos, há três meses, entidades médicas e sociedade civil organizada cobram uma posição do executivo. Ontem, o prefeito João da Costa se reuniu com a classe médica antes de pronunciar o veredicto. Curiosamente, às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente (5).
Para a ABP, é inadmissível a interrupção de qualquer serviço de saúde pública no Recife e no Estado e não é aceitável um discurso limitado a intenções, sem perspectivas de realização. O HUP é a única emergência psiquiátrica do Estado e está superlotado. Além de desalojar esses pacientes, o projeto ameaça a última reserva de verde da Zona Norte e a mobilidade urbana, numa área já estrangulada.
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